Bruno Gomes da Silva de 28 anos é estudante de Economia e para custear as despesas da faculdade ele desenvolveu o ofício de entregador. Segundo ele, o trabalho se intensificou muito durante a pandemia o que o fez fazer parte de um grupo de motoqueiros de entregadores, via WhatsApp onde se comunica
quanto aspectos como trânsito e clima das ruas de Juiz de Fora. Segundo ele é unânime a opinião do grupo, composto de mais 100 entregadores, de que entregas nos Bairros Vila Esperança I e II estão fora de cogitação. “Na Villa eu não subo.Sempre aparecem mensagens aqui no grupo dizendo que tem motoqueiros sendo assaltados lá. Vou em qualquer bairro da cidade mais lá não dá, o dinheiro da entrega não compensa o risco”.
De acordo com dados divulgados pela Polícia os bairros são rivais entre si sendo um palco para brigas de gangue e disputa de territórios, o que resulta na maioria dos homicídios da região. Além disso os locais também são os pontos de maiores ocorrências policiais da Zona Norte da cidade e consequentemente afastam os serviços de táxi e entregadores. Em 2016, Vila Esperança II obteve a 6a posição no ranking de bairros com maior número de mortes violentas entre 2011 e 2016, totalizando 16 mortes. Em 2018, foi revelado que a Cesama não envia mais leituristas nos bairros (que têm cerca de 1300 clientes) há mais de um ano, e os Correios só realizam entregas em partes do Vila Esperança II, duas vezes por semana, mas somente com escolta policial.
Dados Retirados do site da prefeitura do anuário de estatística e descrição dos centros regionais. https://www.pjf.mg.gov.br/cidade/anuario_2009/basededados/basededados.ht
Por Thamires Mendonça
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